segunda-feira, 21 de junho de 2010
NORDESTE (ALBAP)
Vira mundo, mundo seco!
Quem vê o pranto de tua gente,
Caído ao chão qual semente,
Que o sol não deixa nascer?
Secaram todas as fontes.
Ficaram só as lembranças
No triste olhar das crianças
Que nada têm pra colher
No chão, só listras de sombras,
De esqueletos palitos,
Erguendo ao céu como um grito,
Perdido na imensidão.
Nem folhas fazem adubo,
Nem mesmo o vento as leva,
Se misturam com as pedras,
Se confundem com o chão.
Vira mundo, mundo seco,
Muda o sol do meu sertão,
Muda a sorte, muda a cor,
Muda a vida, acaba o pranto.
Brote a semente no chão,
A esperança no homem,
Cresça a criança com fé,
Numa mais justa nação.
Vira mundo, mundo velho,
Enrugado, abandonado!
Vira a sorte do teu mundo
Pede um milagre uma unção.
Todo o Nordeste com vida
Com as flores da esperança,
Sorrindo como crianças
Num verde que cubra o chão.
1971- Coaraci - Bahia
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5 comentários:
JAY, QUERIDA,
Que mude também os homens.
Não queremos “ cachoeiras”.
O Nordeste precisa de um “Oasis” que lhe dê dignidade.
Zefa Faxineira (amiga de Zé Pensador)
Éverdade, Zefa. Terra molhada e adubada pra plantar.
Chão propício para a plantaçao.
Um oasis.Perfeito.
Éverdade, Zefa. Terra molhada e adubada pra plantar.
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