quarta-feira, 18 de setembro de 2019

PRIMAVERA EM CHAMAS


Faceira, bela e gentil,
Vestida de flores mil                                             
Vem chegando a primavera!
Minha alma feliz suspira
São anjos tocando lira
São cores florindo a Terra.
 
E o homem - feroz, daninho,
Rouba das aves o ninho
O fogo queima, exaspera,
A mata inteira emudece
De dor a terra estremece:
-Adeus, adeus primavera!

          Jailda Galvão Aires



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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

MÃOS BENDITAS

Benditas mãos que embalam berços
Berços que guardam anjos que voarão um dia

Voos tão altos que poucos olharão pra trás
Os filhos não pertencem aos pais.
São filhos dos sonhos que cada vida traz.



Se forem almas agradecidas
Volverão o olhar e beijarão as faces envelhecidas
Afagarão cabelos alvos como as neves
Aquecerão mãos ásperas e frias.
Ajudando a caminhar
Quem os ensinou a caminhar um dia.
E no último gesto, sofrido e breve,
Fecharão os olhos na última despedida
Mãos preparadas para servirem à vida.

Benditas as mãos que faz chorar os filhos
Educando-os com firmeza e retidão
Para que as escolhas da vida
Não os faça chorar arrependidos.
E um dia poderão dizer agradecidos:

- Pais de amor eu os amo e os bendigo.

Mãos benditas mãos que sendo sábias

Poderão guiar a humanidade.

Com amor, justiça e igualdade,

Cada criança é o amanhã de um novo mundo. 

Sem fome, guerras... Igualitário. Fecundo.

Benditas as mãos que ao anoitecer
Bendizem ao Salvador
Olhando o céu e agradecendo o dia
Que unem as mãos dos filhos
Num só estribilho de gratidão e amor
Ensinando que a vida sem compaixão
É pequena, vazia. Um viver sem expansão.

Benditas as mãos que ensinam
Que dividir é multiplicar sementes
Que em solos férteis frutificarão
Florescendo desertos
Armazenando celeiros

Que alimentarão o mundo inteiro.

Benditas mãos que derrubam fronteiras
Testificando que é de todos a terra inteira.

Mãos que constroem pontes
Que ligam corações, sentimentos, cidades.
Partículas de Deus servindo a humanidade

Mil vezes benditas mãos afortunadas
Que trazem em suas palmas vidas abençoadas.             Rio, 20/10/2019 Jailda Galvão Aires.

BODAS DE RUBIS

Em 15 de fevereiro de 1975 Jailda Andrade Galvão e Antonio Carlos Aires de Almeida Braz casaram-se na querida cidade de Coaraci- Bahia. Ela filha de Jayme Dias Galvão e Ele de Dário Ayres de Almeida Freitas e Maria Amélia Braz Aires.
Tudo ocorreu lindamente

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

l º LANÇAMENTO DO LIVRO ENTRE VERSOS 2017


No dia 2 de dezembro de 2017, fui convidada por meu esposo Antonio Carlos Aires de Almeida Braz e meus quatro filhos, Leonardo, Antonio Júnior, André Luiz e Graciela, para assistir a um Grupo de Chorinho que ia se apresentar no Bar Ruanita no Bairro Peixoto- um oásis em Copacabana. Havia dito a minha amada família que não queria festa nos meus 70 anos porque o meu sonho era  viajar com meu esposo para a Europa.
Convenceram-me a assistir com a família a apresentação de um Chorinho, degustar  alguma coisa para que o meu aniversário não passasse em brancas nuvens pois, a final, estava completando setenta primaveras. Aprontei-me e desci com meu esposo até o bar e, qual não foi a minha surpresa ao adentrar o ressinto e encontrar além dos meus familiares,  amigos, poetas e escritores. 
Fui recebida com fleches de câmeras filmadoras e as surpresas que se multiplicavam a cada segundo. Avisto sentados à uma mesa, às escondidos, o mano Renato e minha querida cunhada Constança que vieram de Salvador para o meu aniversário, representando a família.

As lágrimas começaram a salpicar meus olhos com partículas de emoção. 
Sob aplausos e parabéns mais uma surpresas: - Mãe, falou meu filho André, o seu presente está nas mãos do seu neto Daniel. Voltei-me ao encontro do netinho e, aí, haja coração! Em suas mãos pequeninas estava o maior e melhor de todos os presentes: Um exemplar do meu livro ENTREVERSOS que eles fizeram publicar. A exclamação saltou dos meus lábios? - Meu Deus, vocês querem me matar do coração? Sentei à mesa de autógrafos e comecei a receber amigos, poetas, escritores, parentes e convidados. 
 No fundo do bar, escondidinha, estava minha prima Conceição Vaz Lino, exímia escritora e poeta com vários livros publicados. Ao olhá-la matei a charada: Meus filhos, ás escondidas, colheram poesias no meu Blog "Cidade das Esmeraldas" e as enviaram a Conceição que além da revisão do livro enviou a editora com ilustração de Tito Labrunie seu neto publicitário. Muitos poetas estiveram presentes recitando meus versos enquanto eu autografava. Jamais esquecerei a presença de todos mas faço questão de registrar aqui os poetas: Dalberto Gomes, Marisa Queiroz, Olvídio e da escritora e criadora da Socis Ciência do Sentir - Beatriz Breves. Foi uma noite memorável e indescritível!

Agora posso dizer que nesta vida fiz as três coisas que todo ser humano deveria fazer para ser completo: "plantei árvores, tive filhos e escrevi um livro". Mas, ainda é muito cedo para deixar o planeta. Sinto necessidade de escrever uma biblioteca.
Rio,
02 de dezembro de 2019
   OBS: Relancei o livro "Entreversos" no Café Biscui em 13 de dezembro de 2018.