segunda-feira, 30 de setembro de 2013

CONVERSANDO COM DRUMMOND







-Fala meu mestre Drummond: 
-“Mundo mundo vasto mundo,
Se eu me chamasse Raimundo
Seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.” Drummond 

-Vida vida longa vida
Sendo meu nome Jailda
Sou pobre rima sem nenhuma solução.
Vida vida longa vida,
Minha vida é uma equação 

Carlos Drummond, meu poeta,
O nome não faz o homem
E nem tampouco a mulher
Se eu me chamasse Tereza
Não saciaria a tristeza
Dos que não sabem viver 

Se te chamasse Trindade
-A cruel desigualdade,
Que mina o nosso Brasil,
Não podias fazer nada
Pela nossa pátria amada
Gerida por um covil

Se eu me chamasse Celeste
Não mudaria o nordeste
A grande “Indústria da Fome.”
Onde o dinheiro é roubado
O recurso desviado
Para eleger mais um nome  

Se te chamasses Eugênio
Serias o que foste - um gênio
Das letras e do saber.
Num país pobre de escola
Ser sábio não te consola
Ao ver um povo sofrer.


Fosse o teu nome Eugênio
Serias o que foste - um gênio
Na expressão do saber.
Num país de corriolas

Não construirias escolas
Querer nem sempre é “poder”? 


Se eu me chamasse Clarissa
Não mudaria a justiça
E nem a Constituição
Só tem cobra e lagarto
Farinha do mesmo "parto"
Chamada corrupção. 

Por isso meu velho amigo,
Bebe este trago  comigo
Desce num lindo corcel
Traz um punhado de versos
Enriquece o universo!
Voltas depois para o céu
    Jailda Galvão Aires - em 29/09/2013
            

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

INOCÊNCIA

Quero numa valsa valsar meus sonhos.
Deitar-me em campos floridos
Ouvir meus risos risonhos
Que se perderam com o tempo.

Quero em meu conto contar estrelas
Guarda-las em caixas douradas
Onde ninguém possa vê-las
E nunca possa roubá-las.

Quero o lume de mil vaga-lumes
Brincando de pique esconde
Com a menina dos meus olhos
Entre galhos e inquietas fontes

Ver bandos de borboletas
Se confundindo com flores
Vestidas de tantas cores
Qual arco-íris no céu

Quero casas de boneca 
Comidas de mentirinhas 
Conto de fada e madrinha
Voar num lindo corcel

Quero dançar minha dança
Sonhar meus sonhos de infância
Rodar a roda do tempo
E recriar a minha criança. 
             Jailda G. Aires 10/09/2013

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CINCO DE SETEMBRO – (BODAS DE TRIGO)

       Que o amor floresça como o trigo, 
     Haja fartura de pão e carinho.
     Que o abraço seja o eterno abrigo
     Por toda a vida no calor do ninho.
   
     Juntos à mesa compartilhem o pão.
     Dividam a paz de um lar ditoso.
     No forte exemplo desta união,
     A segurança de um crescer brioso.
    
     Amem-se cada dia mais e mais,
     Multipliquem amor numa equação
     Onde o produto seja sempre igual.

     Mês de setembro, lembrarão demais

     A eterna primavera desta união
     Dourada, como sol beija o trigal.
                                      Jailda Galvão Aires/2012/13

TEU OLHAR

  •   Bastou o teu olhar  

      para acordar os sonhos 

      que letárgicos dormiam em mim

      Foi o teu olhar

      que vibrou as cordas

      quando toquei e cantei para ti.

       Foi teu olhar

      que fez a esperança reaparecer

      e foi com o tu regresso que eu revivi

       Foi preciso provar

      o amargor de tua partida

      para compreender

      que sem ti é morrer em vida.

       

      Foi à ânsia da espera

      que me fez inverno

      e foi a tua volta que reabriu

      as fores da primavera. 

              Jailda Galvão Aires