Não creio
Na ciência
Na tecnologia
No homem
Creio na Inteligência Universal
Que fez o céu e a terra,
Com milhões de finitos que se
expandem
E como o Criador, não têm início nem
fim.
Creio no Verbo
Que se fez carne
E pregou o amor
Entre leprosos e mendigos.
Não creio em mim,
Na minha palavra
No meu silêncio.
No meu ser que ora é fogo crepitante
Ou cinzas gélidas, inertes desbotadas
Não creio nas trevas
Não creio nas trevas
- O inverso da luz.
Nas montanhas calvas, feias, petrificadas
Nas montanhas calvas, feias, petrificadas
Como as entranhas do meu ser.
Não creio no espaço
Que distancia, dilata e estreita,
Que delineia diferentes formas e
distâncias,
Nas retinas do olhar humano.
Não creio no movimento que tudo
modifica
Nas areias raivosas do deserto
Nos mares impetuosos que quebram as
espinhas das pedras
Nos vulcões que cospem larvas
incandescestes,
Como monstros vorazes da alma humana.
Não creio na vida que se desfaz com um
sopro
Não creio na morte por existir em si
mesma
Petrificando e dando força ao nada
Ao nada que sem forma, sem peso passa
a existir.
Creio em Deus
Porque não é matéria
Nem células, nem movimento.
Nem tempo, nem espaço.
É existência preexistente.
Creio somente em Deus
Porque sendo Trino é Uno,
Indivisível, Infinito.
Indivisível, Infinito.
É Eterno e Eternidade.
Sendo invisível é sentido.
Sendo intocável preenche a alma.
Creio em Deus
Porque sendo pura essência
É mina inesgotável de amor,
Amor que se multiplica a cada partilha.
Jailda Galvão Aires 14/08/1973.
Sendo intocável preenche a alma.
Creio em Deus
Porque sendo pura essência
É mina inesgotável de amor,
Amor que se multiplica a cada partilha.