quarta-feira, 29 de julho de 2020
CATA-VENTO ( I)
Vento sopra com vontade
A
saudade
A saudade no meu ser
Minha alma inteira delira
E
suspira
E suspira ao reviver
Rio, 2020
JGAires
sexta-feira, 17 de julho de 2020
LÁGRIMAS DA TERRA
Mas um dia que passa
Em que eu nada fiz
E nada refiz
Gazeei o tempo
Corri atrás do nada
Engavetei o pensamento
Não ouvi o ruído das horas
O girar dos ponteiros,
O voar dos segundos
E no meu mundo
O hoje já era outrora.
O dia partiu com o vento
Um vento nostálgico
Com cheiro de morte
Com gosto de nada.
O cinza das sombras
Nas entranhas da alma.
E a lua curvada
Olhava pra Terra
Pra terra molhada
De lágrima e dor.
Minha alma enterrada.
Na a terra encharcada
Chorava seus filhos
Que a peste levou.
Rio, 30/06/20 Jailda Galvão Aires
What do you want to do ?
New mailWhat do you want to do ?
New mailWhat do you want to do ?
New mailWhat do you want to do ?
New mailEU CISCO CÓSMICO
Num vendaval de poeira
Atravessei a atmosfera
venci o oceano
interestelar
E aterrissei na
Terra.
Pra que vim não sei.
Pois nunca me
encontrei.
Vivo bipolaridades
Sem ter a certeza de
quem realmente sou.
Se eu cumpro a missão
para a qual jurei.
Ou remoo a angustia pensando
que falhei.
Tortura-me o vazio porque
a vida é curta
Dura o clique de um estalar
de dedos
Foram tantos os sonhos
desenhados
Tantos caminhos bifurcados.
Que me agachei entre
sombras e rochedos.
A vida me foi um
eterno vestibular.
Engavetei meu diploma
joguei a chave fora.
Não encontrei
respostas em filosofar.
Sacudi as mãos. Cruzei
os braços.
Supondo partir sem ter ido embora.
A tesoura do tempo podou
todos os ramos
E os sonhos rodaram
moinhos enferrujados
As possibilidades
cortadas pelas incertezas.
Desceram sufocadas em meio as correntezas.
Este cisco microcósmico
que aqui está
Ao pó do infinito um dia
voltará
Que é a vida senão
frações de estrelas
Que a terra se incumbirá em devolvê-las?
Rio, 15 de julho de
2020.
Assinar:
Postagens (Atom)