A vida é sempre estranha, caprichosa.
Cada sonho repleto de contraste
Às vezes torna azul o que era rosa.
Às vezes cedo o que seria tarde.
A vida quantas vezes é ardilosa,
Derrama o pranto a sorrir com arte
Sibila um cantar com voz penosa.
Espalha riso e dor por toda parte,
- Alguém viveu sem prantear um dia
Contar a meia, voz rouca e sombria
As peças que a vida lhe pregou? .
-
Eu cito uma que o tempo já não cura:
Você que eu amei com total
loucura
Jamais me quis e nem sequer me
olhou.
Ba. 20/10/1968 Jailda G. Aires
Soneto Decassílabo Heroico ACENTUAÇÃO TÔNICA 2 + 6 + 10 SÍLABAS