sábado, 21 de dezembro de 2013

ODE A POESIA

     Poesia é sazonal
    É primavera florida,
    Outono com despedida,
    É voz que grita e que canta.
    Saudade – gotas de frio.
    Versos de amor - no estio.
    Melodia que acalanta.

    Poesia é visceral
    É deglutir aguardente
    Esbrasear todo o ventre,
    Retemperar a garganta
    Sentir a boca espumando
    O cérebro embriagando
    Enquanto a musa desponta!

    Poesia é vendaval
    Uma enxurrada de versos
    Banhando todo o universo
    De letras, dourando o céu!
    Qual bando de beija-flores
    Beijando todas as flores.
    Abelhas tecendo o mel.

    Poesia é universal
    Pluralidade de temas
    Rimas, toadas, poemas,
    Almas clonadas por Deus.
    Interação que somente,
   - Quem é poeta é que sente.
    Que a inspiração vem dos céus. 


             Rio, 14/12/2013 Jailda Galvão Aires.              
  

domingo, 15 de dezembro de 2013

sábado, 14 de dezembro de 2013

PARABÉNS, ANDRÉ



Parabéns, filho amado, mais um ano de a
Que os anjos vivam ao teu lado,
Te protegendo na lida.
   Jailda, tua mãe.

RENÚNCIA

Amo-te intensamente...

mas eu partirei.

farei morrer em mim

todo o desejo deste amor tresloucado

mesmo querendo estar ao teu lado

beijando tuas mãos, teus olhos,

e a tua boca com sofreguidão.

 

Não te posso ter

porque já não me amas.

o amor unilateral não respeita fronteiras,

nem futuro... espaço... tempo.

nem a última e nem a vez primeira.

mas liberta mesmo tendo o coração em chamas

 

És livre! Eu te ordeno: - Vai.

vai trocar outros olhares

beijar a boca, que em ânsia te espera.

fundir teu corpo desejado ao dela

que tanto amas e tanto venera.

 

Não! Não te sintas culpado.

mesmo não vivendo ao teu lado,

do meu modo serei feliz

nunca haverá em mim a tua ausência

na eterna saudade da minha cicatriz
plasmada viverá pra sempre a tua essência.

   Jailda Galvão Aires




  

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

INTERROGAÇÂO






Para onde foram teus olhos
Que os meus nunca encontraram?
Esconderam-se entre as estrelas do dia
Com vagalumes ao sol.

Onde estão teus braços
Que aos meus não entrelaçaram?
Fugiram nas nuvens do vento
Nas ondas esquivas do mar.

Por onde andam os teus lábios
Que os meus nunca tocaram?
Trocaram com outras bocas
Os beijos que não tivemos.

Onde divagam teus sonhos
Que não sonharam os meus?
Dissiparam como as nuvens
Na carruagem dos sonhos!

Para onde foi o teu corpo
Que nunca tocou o meu?
 -Visível...  Só no meu conto
Que eu mesma teci e acreditei.
     Jailga Galvão Aires - Coaraci-1968