Que se
dane quem não me compreende
não
preciso e nem quero convencer a ninguém
na minha
idade
só a
introspecção me basta
a
experiência dos anos vividos
dos risos
gargalhados,
dos
amores contidos,
das desvairadas paixões sufocadas por repressões.
só a mim importa
se fechei insaciáveis portas.
se aniquilei meus sentimentos
por falso moralismo impostos à mulher
de tudo o que que perdi por timidez
por uma timidez sempre presente
só a mim
e a Deus convém saber.
O bate lá
dá cá não me apetece
prefiro a
brisa de uma doce prece
ou silêncio das manhãs campestres...
Quero
nesta solidão imposta
voltar
para mim mesma
sondar a
utilidade da minha vida
ou o
tempo que perdi sem me dar conta
dos
propósitos que jurei cumprir
analisando
o déficit em cada conta.
Jailda Galvão Aires