Perco-me na vastidão dos pensamentos
Ricos, fracos, rígidos fantasiosos...
Divagando em fugas medrosas
Fugindo de uma realidade grosseira,
Numa carreira desenfreada,
Sem
certeza da partida
Sem desejo de chegada.
Busco a terra prometida onde jorra
leite e mel.
Será que fica na Terra ou existe um Éden no céu?
Homens se explodem em nome do Criador,
De um Deus insano e cruel.
Que a mente humana criou.
Dois mil anos se passaram da Encarnação.
Rejeitaram o Renovo, que entrelinhas e parábolas,
Ensinou o amor e a grandeza da compaixão:
- “Bem-aventurados os misericordiosos
Que repartem as vestes e o pão.
- Os pacificadores que dissipam os
conflitos.
- Os compassivos que limpam as feridas,
E sussurram consolo as almas aflitas.
Os puros e os mansos de coração,
Porque deles é o Reino dos Céus.
- Refletem na alma a essência de
Deus."
Distante as estrelas. Quem as pode
tocar?
No meu reflexivo pensar...
Quão quão múltiplo é o infinito e toda a
criação,
Em que esfera Deus se esconde na imensidão?
Três mil anos se passaram...
Ao retornar da sarça
ardente Moisés revelou:
- O reino de Deus não está no firmamento,
Mas dentro de vós. Basta cumprir os mandamentos.
Onde reside a a força e plenitude
do amor.
E o homem, imagem de Deus, criador por excelência
Encurta distâncias, transpõe
montanhas,
Domina a terra, céus e mar
Sem entender que o Reino da paz
Está dentro de si mesmo. Na própria existência.
Rio, 05.03.2010, Jailda Galvão
Aires