sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

ID



 Porque este resíduo de memória genética

 Persegue os meus dias 
 Aproximando-me do irracional? 

 Porque esta raiva, 
 Esta melancolia, 
 Esta possessão, 
 Esta fome voraz camuflando as tensões? 
 Esta busca do prazer dissimulando a dor? 

 Saber, que meu eu se alimenta desta energia pobre,
 Desta calda invisível que remonta meu lado animal.
 É bizarro, incongruente e desesperador!  
 Não quero e nem posso ignorar dardos inflamados
 Vibrantes, visíveis ou dissimulados,
 Daqueles que só espero gentileza e amor.
       
 Não preciso ter razão, ganhar todas as lutas,
 Enterrar o que mais acredito e espero:
 Mansidão, aceitação, sublimação! 
     
 Quero aniquilar esta fera que me afasta do Ser 
 Apenas perdoar, deletar, compreender, 
 Não por compaixão, mas, por entendimento, 
 Sem mágoa, intolerância ou separação. 

 Quero esparramar amor, extasiar-me em luz, 
 Única explicação que a vida nos conduz 
  - Beber no Espírito Universal da Criação. 
                 Rio, 26/02/2014. Jailda Galvão Aires
 

          

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

BODAS DE MÁRMORE (Antonio e Jailda)


A partir, querido, do primeiro olhar...     
       Juramos viver este infinito amor. 
       Diante de Deus e a partir do altar,      
       Mil  Bodas colhemos - do Metal  à Flor.

       Nos primeiros anos - Perfume, Algodão, 
- No doce encanto de uma vida a dois.     
       Modelamos Barro, Prata e Latão,
        Embalando “vidas” no berço, depois.

Tecemos o Vime e bordamos Linho
        Colhemos Rosas abatendo o espinho
        Do Nácar a Pérola – infinita graça!
 
        Se hoje estamos esculpindo o Mármore,
        Frutos colhemos, ao plantar a Árvore.
        Que brindemos Vinho nesta mesma taça! 
                    Rio, 15/02/2014  Jailda Galvão Aires

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014