A bala partiu.
Foi rápida, certeira.
- Covarde a mão que lhe apertou o gatilho.
O estudante tão moço
Caiu ao chão envolvido numa bandeira de sangue.
O sangue desfraldado ao vento
Clama silenciosamente por justiça.
Choram os amigos,
Colegas,
Família,
Desconhecidos.
- Todos se fizeram irmãos.
Chora a pátria a perda de um forte.
Feriram seus colegas
E o assassinaram.
Porque reivindicavam:
Justiça,
Democracia,
Respeito,
Direito de falar e serem ouvido.
Mas, a “Perversa Matilha”,
Ladrou alto, feroz,
E na mesquinhez da ignorância e bruta covardia,
Matou mais um filho desarmado.
Morreu nosso colega Edson
Uma bala covarde,
De mãos sem dedos,
E mente teleguiada,
Morreu nosso filho e irmão Edson
E mente teleguiada,
À queima roupa, lhe varou o peito.
Morreu como soldado
E renasceu como O Grande
O Imortal Herói,
- O Herói Estudante!
Ihéus- Ba.
30/03/1968. Jailda Andrade Galvão.
Colégio IME
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