E encontro entre cativas estrelas,
Doces marcas de um viver contente.
Fico feliz! Ainda posso vê-las.
Hoje, olhando-as mais de perto,
Pasma fiquei. E quem não ficaria
Ao vê-las desbotadas, se apagando,
Sugadas em sua travessia
por buracos negros e gases poluídos
Os mesmos gases que sem saber criei,
por buracos negros e gases poluídos
Os mesmos gases que sem saber criei,
Guardando na mente, lixo remoído.
Uma força as sugava para o negro ventre
Uma força as sugava para o negro ventre
Besuntadas de culpa, desapontamentos,
Mágoas, escolhas, desencantos,
Ansiedades, medos e ressentimentos.
Atenta, para que não suguem o doce brilho,
Das cativas estrelas que ainda aninho.
Esqueço o lixo e encho-me de vida.
Quero vê-las, sorrindo e brilhando,
Iluminando o céu do meu caminho.
E que as estrelas mortas
Continuem fossilizadas,
Apagadas num um total esquecimento.
Preciso adubar cada estrela cativa
Iluminando-a com amor, os dias ou as décadas
Em que viver feliz, ainda me resta.
Um comentário:
oncordo. É esquecer os "buracos negros" e deixar que só entre a luz das estrelas.
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