quinta-feira, 28 de abril de 2011

BURACO NEGRO

Capino o cosmo de minh’alma
E encontro entre cativas estrelas,
Doces marcas de um viver contente.
Fico feliz! Ainda posso  vê-las.

Hoje, olhando-as mais de perto,
Pasma fiquei. E quem não ficaria
Ao vê-las desbotadas, se apagando,
Sugadas em sua travessia 
por buracos negros e gases poluídos
Os mesmos gases que sem saber criei,
Guardando na mente, lixo remoído.

Uma força as sugava para o negro ventre
Besuntadas de culpa, desapontamentos,
Mágoas, escolhas, desencantos,
Ansiedades, medos e ressentimentos.

Atenta, para que não suguem o doce brilho,
Das cativas estrelas que ainda aninho.
Esqueço o lixo e encho-me de vida.
Quero  vê-las, sorrindo e brilhando,
Iluminando o céu do meu caminho.
E que as estrelas mortas
Continuem  fossilizadas,
Apagadas num um total esquecimento.
Preciso  adubar cada estrela cativa
Iluminando-a com amor, os dias ou as décadas
Em que viver feliz, ainda me resta.      
   (Rio, 25/04/2011)

Um comentário:

Anônimo disse...

oncordo. É esquecer os "buracos negros" e deixar que só entre a luz das estrelas.