sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Liberdade

 Prega-se a Independência aos quatro cantos 

-Um livre véu  a estender seu manto        

Liberdade de escrever, sorrir, dançar.   

Liberdade de pregar, cantar, chorar

Expressar-se com espontaneidade

Resguardado pela Lei da  igualdade.    

 

Enquanto houver no mundo um ser faminto,

Sem lar, sem teto, sem terra e sem trabalho,

Enquanto houver alguém com frio sem agasalho        

Uma criança perambulando sem escola    

Ao lado da mãe, pedindo esmola,

Um "soldadinho de chumbo" nas mãos do tráfego  

Aniquilando à vida neste navio náufrago.      

 

Enquanto a propriedade pertencer a poucos   

Donatários cruéis, indiferentes... loucos.       

Queimando as matas e ampliando o chão     

Matando a natureza que fornece o pão.   

 Enquanto existir um só homem expatriados              

Morrendo nas filas... nos mares... Abortado.    

Enquanto a corrupção dominar a terra       

Com armas ocultas semeando a guerra.

Enquanto o poder numa ambição desmedida  

Não entender que a divisão é a única saída.   

Onde a partilha é o pão e o sal da vida!      

Que só assim teremos  a Terra Prometida.

Enquanto as guerras dizimarem a terra

Corpos famintos rolando pelo chão,

Em pleno século campos de concentração

Matando crianças de sede e inanição.

Poeira e concreto soterrando vidas

seres inocentes, sem enterro, sem despedidas

Só quando a paz abraçar a imensidade 

Poderemos felizes brindar a liberdade          

Aos quatro cantos desta imensidade?    


Jailda Galvão Aires. 

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