terça-feira, 29 de outubro de 2013

CREIO NO VERBO.



Não creio
Na ciência
Na tecnologia
No homem

Creio na Inteligência Universal
Que fez o céu e a terra,
Com milhões de finitos que se expandem
E como o Criador, não têm início nem fim.

Creio no Verbo
Que se fez carne
E pregou o amor
Entre leprosos e mendigos.

Não creio em mim,
Na minha palavra
No meu silêncio.
No meu ser que ora é fogo crepitante
Ou cinzas gélidas, inertes desbotadas
Não creio nas trevas
- O inverso da luz.
Nas montanhas calvas, feias, petrificadas
Como as entranhas do meu ser.

Não creio no espaço
Que distancia, dilata e estreita,
Que delineia diferentes formas e distâncias,
Nas retinas do olhar humano.

Não creio no movimento que tudo modifica
Nas areias raivosas do deserto
Nos mares impetuosos que quebram as espinhas das pedras
Nos vulcões que cospem larvas incandescestes,
Como  monstros vorazes da alma humana.

Não creio na vida que se desfaz com um sopro
Não creio na morte por existir em si mesma
Petrificando e dando força ao nada
Ao nada que sem forma, sem peso passa a existir.

Creio em Deus
Porque não é matéria
Nem células, nem movimento.
Nem tempo, nem espaço.
É existência preexistente.

Creio somente em Deus
Porque sendo Trino é Uno,
Indivisível, Infinito.
É Eterno e Eternidade.
Sendo invisível é sentido.
 Sendo intocável preenche a alma.
Creio em Deus 
Porque sendo pura essência
É mina inesgotável de amor, 
Amor que se multiplica a cada partilha.    
               Jailda Galvão Aires 14/08/1973.

2 comentários:

Andre Aires disse...

Muito bom. Cada um com a sua fé, cada um com sua crença, o importante é espalhar o amor. A mais santa ciência.

juvenilia disse...

Muito linda, Eu também creio no verbo...
ele é a maior fonte de amor! beijos