terça-feira, 19 de março de 2013

CARTA AO PAPA FRANCISCO



   O mundo é um só. Acabaram-se as fronteiras!
  Eis o novo mensageiro do Deus Soberano.
 
  Venha irmão, com arados e força espiritual,
  Adubar a terra sofrida do coração humano.  

   Que o báculo, à mão direita, firme-lhe o andar.
  É árdua, penosa, mas sublime a missão.
  Reúna o rebanho disperso pela descrença.
  Lembrando que o Filho “Veio para ajuntar” 

  Ao fitar Pedro, esculpido no anel,
  Conclame o povo ao chamado do Mestre:
  “Venha... Sejamos pescadores do céu!”
   
 "O ouro para ser refinado passa pelo fogo."
  Planta-se a semente para colher o pão.


  Não está na mitra o poder episcopal
  Ele vem da sapiência do mais Alto Plano,
  É preciso qual “Pássaro da Alma.”
  Sobrevoar os paredões do Vaticano,
  Visitar o mundo, desarmar as guerras.
  Vencer toda ambição que escraviza a Terra. 

  Percorrer nações, cobrar dos dirigentes:
  Desarmamento, justiça e igualdade social;
  Proteção às mulheres descriminadas
  Vítimas de abusos... Escravas mutiladas.    
  Erradicação da fome e da pobreza, 
  Hospitais, escolas, trabalho, moradias,
  Crianças brincando... Alimentos nas mesas. 

 
   Que possas, qual Francisco de Assis,
   Abdicar as pompas e insígnias cerimoniais
   Abrir os portões das clausuras monásticas,
   Para que os joelhos, calejados de oração...
   Ergam-se ao encontro dos que soluçam de dor
   Dos doentes do corpo, da alma e do coração,
   Que choram, desolados, a falta de amor.

   Na cruz ao peito que serve a Jesus crucificado
   Mostre ao mundo um Cristo ressurreto.
   Que mora no faminto, no injustiçado,
   Nos doentes sem leito e nos hospitais.
   Nas crianças esqueléticas, desfalecidas.
   Nas cadeias desumanas, asilos, sanatórios,
   Nos drogados que não encontram saídas,     
   Porque as portas não se abrem mais.
   Ser um instrumento de amor e paz.
   Levar a luz, a fé, a verdade e a comunhão.
   - A alegria reside na força do perdão!
    
   Que a Igreja religue o homem a cristandade
   Seguindo fielmente o que disse o Bom Pastor:
   -“Sem amor não existe caridade.”
          Jailda Galvão Aires (Rio, março/2013)

             

Um comentário:

Anônimo disse...

Asiim esperamos que seja. Linda poesia!
Antonio Francisco Andrade