quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

DETRAN

 

Ontem, 26 de fevereiro, de 2025, estive acompanhada do meu filho, ao DETRAN em Copacabana, na Rua Barata Ribeiro, 370, 3º andar, para aquisição de uma nova Carteira de Identidade.

Tenho 77 anos e, como eu, muitos idosos de todas as idades estavam presentes. Uma fila imensa encheu um quarteirão, em pé debaixo de um sol escaldante de 40º, desviando dos transeuntes que que por ali passavam. 30 senhas foram distribuídas para Carteira de Identidade e outras 30 para Carteira de Motorista. Às 8 horas subimos ao terceiro andar, com poucas cadeiras, sem ar condicionado e sem um bebedouro por perto. O atendimento, sempre exemplar, respondia as dúvidas de muitos.

Após o atendimento da sexta senha prioritária para Carteira de Identidade, o sistema caiu e fomos avisados que enfrentaríamos, no dia seguinte, outra enorme fila a fim de obter uma nova senha.

A revolta tomou conta dos idosos, que, em coro, se negou a devolver a senha adquirida, guardando-a, por direito, para o atendimento no dia seguinte.  Pessoas passaram mal debaixo de um calor intenso, com sede e sem direito a um copo com água.

Hoje, fomos atendidos, educadamente, pelos funcionários que acataram o direito garantido pela Constituição priorizando os idosos.

Ao adentrar o recinto, fiquei mais uma vez pasma pela condição sub-humana das pessoas que ali trabalham, sem ar condicionado, sem ventiladores, bebendo  água morna sem direito a uma geladeira ou um bebedouro gelado. Um funcionário, gripado, nos atendia com voz rouca, sem atestado médico e sem reclamação. Um soldado em seu posto.

Pergunto: Para onde são destinadas as verbas que pagamos através de altos impostos além dos embutidos em tudo que adquirimos? Porque o DETRAN não trata com dignidade as pessoas que trabalham para este órgão e seus usuários?

Sei que ficarei, como muitos, sem resposta. O meu protesto de direito e de indignação ficará aqui registrado, e se preciso for procurarei outras esferas.

Aguardando solução,

Jailda Galvão Aires.  

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