quarta-feira, 14 de agosto de 2024

FÓSFORO ACESO

Um fogo abrasador incandescente

Desce rasgando o ventre das montanhas

Línguas serpenteiam vorazmente

Roendo os veios em suas entranhas

 

E a mata estremece inteiramente

Gemendo de dor... Uma dor que  arranha.

A alma da terra esguicha lentamente

E morre sob o fogo que a arrebanha.

 

Raízes retorcidas em magnas cinzentas

Sob os troncos vergados morrem os ninhos

E milhares de animais jazem indefesos.

 

A cobiça humana, vil, sangrenta.

Comemora por trás dos colarinhos

-Bastou apenas um fósforo aceso.

    Jailda Galvão Aires 14/08/2024

 


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