sábado, 24 de setembro de 2022

LIBERDADE NÃO É UTOPIA

 Prega-se a Independência aos quatro cantos 

Como um  véu de liberdade a estender seu manto        

E a liberdade bate as asas o voo alçando.

Liberdade de escrever, calar ou conversar.  

Liberdade de sentir, sorrir ou chorar,

Liberdade pra ficar, ou avançar cantando!    

 

Dois séculos celebrando... Ainda me lembro

Saudando a independência de Portugal

Desfila o Brasil, “o Sete de Setembro.”

E a independência da nação como nação?

E a liberdade econômica e social?

Segue escrava de si mesma presa ao arsenal

Nas mãos dos  fortes mandatários da ambição.

 

Enquanto houver no mundo um ser faminto,

Sem lar, sem teto, sem terra e sem trabalho,

Enquanto houver alguém com frio sem agasalho        

Uma criança vagueando sem escola    

Ao lado da mãe e dos irmãos pedindo esmola,

Um "soldadinho de chumbo" nas mãos do tráfego  

Aniquilando à vida neste navio náufrago.      

 

Enquanto a propriedade pertencer a poucos   

Donatários cruéis, indiferentes... loucos.       

Queimando as matas e ampliando o chão     

Matando a natureza que fornece o pão.   

 

Enquanto existir um só homem expatriados              

Morrendo nas filas... nos mares... Abortado.    

Enquanto a corrupção dominar a terra       

Com armas ocultas semeando a guerra.

 

Enquanto o poder por ambição desmedida  

Não entender que a divisão é a única saída.   

Onde a partilha é o pão e o sal da vida!      

Que só assim teremos  a Terra Prometida.

 

Enquanto não podermos bradar a liberdade,           

Aos quatro cantos desta imensidade?    

Continuaremos escravos da pérfida ambição           

Enquanto palpitar no mundo um pérfido coração.

Jailda Galvão Aires. Rio 08/09/2021. 

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