Escureceu o céu afugentando a aurora.
O sol se põe por sobre o verde monte.
-Porque esta tristeza, oh senhora?
- Porque esta vontade em fugir. Pra onde?
-Não vê que a noite é cheia de mistério
Sacode as folhas como véus rasgados
Na mata inteira um cantar sonante,
Negras plumagens esvoaçam alados?
Mas longe, bem distante, a mata em guerra,
Sacode em desespero. Tudo inflama
Clareia o chão. Enegrece a atmosfera.
A mata inteira a prantear em chama
Envolto em magia um algoz se esconde
Enquanto o fogo arde... Um mistério encerra.
- Foi o saci? O Boitatá? Alguém responde:
- Foi a cobiça humana. A desumana fera.
Rio, Jailda
Galvão Aires
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