De onde surgiu, sutil e
sorrateiro
Invisível, envolto em
nevoeiro
Sem aviso, sem sinal...
Um invasor.
De sobressalto, tomou o
mundo inteiro
Na velocidade da
luz, o forasteiro
Veio cruel, mortal e
avassalador.
Como um raio, feriu a
humanidade
Caiu igual sobre a
desigualdade
Rompendo o véu de toda indiferença
Tomou palácios, derrubou o
nobre
Revelando que ser rico ou
pobre
Não torna imune a tão
cruel sentença.
Vencendo os gênios da
experiência
Tomou de sobressalto a
ciência
Confundiu realidade e
ficção.
Um novo vírus surge
aleatório?
Se foi ensaio de um
laboratório
Não existe prova ou
explicação.
- Senhor meu Pai. dizei-me
agora
Que faz a humanidade
nesta hora
Incapaz de vencer tão
besta fera
É pior do que as armas
nucleares
Se espalha pelo ar, por
chão e mares,
Desarmando o poder de
toda a Terra.
Eis que uma voz desce do
céu e exprime:
- Filho, Deus não castiga
o ser sublime
O mais perfeito da Sua
criação.
Presenteei um paraíso
lindo
Um céu estrelado de um
azul infindo
Ondas beijando o mar na
amplidão.
A natureza a despertar em
festa
Cantando as aves por toda
floresta
Galhos verdejantes a
tocarem o céu
Flores - mil cores, de
beleza intensa
Plasmei a marca da minha
presença
No coração de cada filho
meu.
Fiz um celeiro. Flores e fragrância,
Frutas, legumes, grãos em
abundância
Pra dividir igual entre
os irmãos.
O mais fortes usurpam
as riquezas
Roubam a terra, tiram o pão
das mesas
Escravizam crianças
e até nações.
Detém o mundo, e dos palacetes
Deleitam vinhos em ricos
banquetes
Enquanto a massa morre
sem comida
Dorme nas ruas ao frio e
sem abrigo
Amarga a fome em meio ao
perigo
Vegeta e vive sem viver a
vida.
Fertilizei o ar, o chão, rios e mares.
Plantei florestas,
pântanos, pomares...
De vida e cantos enchi o
universo
Mas o homem por ganância
e egoísmo,
Destrói do macro ao micro
organismo
Dos animais tornou-se o mais perverso.
Os fortes criam armas. Fazem a guerra.
Sentem-se donos do céu e
da Terra
Cidades inteiras são
jogadas ao chão.
Refugiados fogem do
mortal perigo
Muitos países a lhes
negar abrigo,
Amontoados em
"campos de concentração".
Foi mister que se parasse
o mundo
Mostrar ao homem que
basta um segundo
Para que o amor retorne
aos corações
Confinados, os pais
abraçam o filho,
E há tanta alegria,
descobertas e brilho
Mesmo à distância avós
cantam canções.
Verá o homem que a
humanidade
Só ascenderá havendo
caridade
Pertence a todos este
real jardim
Respeitando a cada
diferença
Sem discriminação e sem sentença
Pois todos são iguais
perante a Mim.
Olhem em volta por toda a natureza
Vejam que renasceu toda beleza
Que imprimi em toda criação.
Mais importante ainda, filho meu
O DNA - à minha semelhança
Retorna a vibração de uma criança
A fé e as orações alcançam o céu.
Olhem em volta por toda a natureza
Vejam que renasceu toda beleza
Que imprimi em toda criação.
Mais importante ainda, filho meu
O DNA - à minha semelhança
Retorna a vibração de uma criança
A fé e as orações alcançam o céu.
Este alerta mortal parou
a Terra
Depôs as armas que
fomentam a guerra
Despiu o homem de toda
crueldade
Quando este instante já
tiver passado
O mundo vestirá o manto abençoado
De cores mil, por toda a
eternidade.
2 comentários:
Só está luz ,que Deus te deu, para nos trazer tudo que possa nos fazer refletir e assim nos tornarmos pessoas melhores. Obrigada...������
Você, prina, uma pessoa sensível e mui amada.
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