quarta-feira, 29 de junho de 2011

MULTIVERSO I


Girava todo o infinito
Nos polos do meu poema 
Como pode outro sistema 
Deixar meu verso restrito

Absorta acreditava
Que fosse o multiverso
Um ramalhete de verso
Que o poeta rimava.

Multiplicaram as estrelas
Minha estrofe encolheu.
Me perdi só em perdê-las
Já não sei mais quem sou eu.

Meu céu agora finito
Não passa de um universo
Dentro de um multiverso
Um pontinho aonde habito.
   Rio, 28/06/2011, Jailda Galvão Aires

Um comentário:

Zé Pensador disse...

JAY, QUERIDA,
Esse pontinho onde habitas se unirá a muitos outros (moradas dos seus amigos), transformando-se em reticências(...) e o seu Céu voltará a ser infinito.
Linda poesia
Abraços
Zé Pensador