Olhando em frente eu ando pela vida.
Acompanhando as rédeas do destino
Cavalgo tendo a alma entristecida,
Tropeçando em meio ao desatino.
A estrada imposta é sempre uma subida.
Alcei alturas que nem imagino,
Levo abraços e beijos na partida,
Sem pressa, chegarei. Não mais atino.
Minha contagem, agora, é regressiva,
Avisto o cume sem querer chegar.
É muito tarde... Não posso voltar.
Resta-me viver de retrospectiva.
Subindo chegarei ao fim do monte.
O céu mais perto e a Terra tão distante...
Jailda Galvão Aires.